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Foto do escritorRedação

Como agir quando você é vítima de stalking: Dicas práticas e jurídicas

A perseguição ou stalking é uma realidade angustiante que afeta muitas pessoas, invadindo suas vidas de forma silenciosa e persistente. Com a crescente exposição nas redes sociais e a facilidade de acesso à informação, o número de vítimas de perseguição tem aumentado, tornando-se uma ameaça real à segurança e ao bem-estar emocional de quem passa por essa situação. Você já teve a sensação de estar sendo constantemente vigiado ou recebeu mensagens e visitas indesejadas, mesmo após deixar claro que não queria contato?


Saber como identificar os sinais de stalking e agir rapidamente é essencial para sua proteção. Neste artigo, vamos desvendar o que caracteriza o stalking, como reconhecer os primeiros sinais, quais são seus direitos e, principalmente, quais as medidas práticas e jurídicas que podem ser tomadas para garantir sua segurança.


Além disso, destacamos a importância do apoio de um advogado criminalista e fornecemos orientações claras sobre como se proteger, tanto no mundo real quanto no digital. Se você quer entender melhor o que fazer ao enfrentar essa situação, continue a leitura e descubra tudo o que você precisa saber para garantir sua segurança e retomar o controle da sua vida.


O Que Fazer se Você Está Sendo Vítima de Stalking: Guia Completo para Se Proteger

Introdução


A perseguição, conhecida também como stalking, é um comportamento abusivo que pode causar grandes danos psicológicos, sociais e até físicos às suas vítimas. Viver com a constante sensação de estar sendo vigiado ou seguido pode ser uma experiência profundamente angustiante, afetando a qualidade de vida e a saúde mental de quem passa por essa situação. Esse tipo de comportamento obsessivo e invasivo afeta inúmeras pessoas ao redor do mundo e, infelizmente, está se tornando cada vez mais comum, especialmente com o advento das tecnologias e o aumento das interações online.


No Brasil, a prática de stalking é considerada crime, graças à Lei nº 14.132/2021, que trouxe maior segurança e proteção legal às vítimas. No entanto, muitas pessoas ainda não sabem como agir diante de situações de perseguição ou não têm conhecimento sobre seus direitos. Este artigo visa orientar e informar sobre o que fazer caso você seja vítima de stalking, explicando desde o que é considerado perseguição, até as medidas práticas e legais que podem ser adotadas.


Ao longo do texto, também será destacada a importância de contratar um advogado criminalista para auxiliar e garantir que seus direitos sejam protegidos durante todo o processo. A experiência e o conhecimento de um profissional do direito são fundamentais para assegurar que as medidas necessárias sejam tomadas com eficácia, desde a coleta de provas até a busca por medidas protetivas.


O que é stalking?


O termo "stalking" deriva do inglês e significa, literalmente, perseguir de forma furtiva ou persistente. No contexto legal e psicológico, stalking é um padrão de comportamento em que uma pessoa, de forma repetida, segue, observa, monitora ou tenta entrar em contato com outra, causando medo, intimidação ou desconforto.


O stalking pode acontecer em diversos ambientes, tanto no mundo físico quanto digital. Ele envolve uma série de comportamentos obsessivos, como envio de mensagens indesejadas, monitoramento constante, perseguição física, ligações telefônicas repetidas ou até o ato de aparecer de forma inesperada em locais frequentados pela vítima. Quando não controlado, o stalking pode evoluir para atos de violência física ou emocional.


Exemplos práticos de stalking:


  1. Mensagens e ligações constantes: O stalker envia mensagens ou ligações repetidas, mesmo após ser ignorado ou bloqueado.


  2. Seguir fisicamente: A pessoa aparece em todos os lugares onde a vítima vai, como trabalho, academia, casa de amigos, entre outros, sem ser convidada.


  3. Perseguição nas redes sociais: O stalker monitora constantemente o perfil da vítima, comentando ou reagindo a todas as suas postagens, mesmo quando não há uma interação mútua.


  4. Envio de presentes ou cartas: O perseguidor manda presentes, cartas ou flores, mesmo quando a vítima já demonstrou desconforto ou rejeição.


  5. Vigilância digital: O stalker invade e monitora e-mails, mensagens privadas ou dispositivos da vítima, violando sua privacidade.


Esses comportamentos, embora muitas vezes subestimados, podem gerar danos psicológicos severos, como medo constante, ansiedade e estresse.


A Dimensão do Problema


O stalking é um problema global que afeta milhares de pessoas. De acordo com estudos realizados em diversos países, estima-se que 1 em cada 6 mulheres e 1 em cada 19 homens sejam vítimas de perseguição em algum momento da vida. No Brasil, embora a prática só tenha sido criminalizada recentemente, o número de denúncias vem crescendo ano após ano, revelando um cenário alarmante de violência psicológica e, em alguns casos, física.


O advento das redes sociais e das tecnologias digitais contribuiu para o aumento dos casos de cyberstalking, onde a perseguição ocorre no ambiente virtual. Isso torna o controle do perseguidor ainda mais difícil, pois ele pode acessar informações pessoais, monitorar a rotina da vítima e fazer contato de maneira anônima ou através de perfis falsos.


Os efeitos do stalking são devastadores. Vítimas de perseguição frequentemente sofrem com transtornos de ansiedade, depressão e, em casos extremos, podem desenvolver síndrome do estresse pós-traumático (TEPT). Além dos impactos psicológicos, a perseguição afeta o ambiente social e profissional da vítima, muitas vezes levando ao isolamento, ao afastamento de círculos de convivência e a uma sensação constante de vulnerabilidade.


Impactos psicológicos e sociais


Os impactos do stalking são profundos e abrangem diversas esferas da vida da vítima. Viver sob a ameaça constante de um perseguidor afeta a saúde mental, social e emocional. Entre os principais efeitos do stalking, destacam-se:


  • Ansiedade: O medo de ser seguido ou de sofrer algum tipo de ataque gera um estado constante de alerta, o que resulta em altos níveis de ansiedade.


  • Depressão: O sentimento de impotência e a constante invasão da privacidade podem levar a vítima a desenvolver quadros de depressão.


  • Problemas de sono: Muitas vítimas relatam dificuldades para dormir, seja por medo de que o stalker possa atacá-las durante a noite, seja devido à ansiedade gerada pela situação.


  • Isolamento social: Com medo de que o perseguidor possa segui-la ou abordá-la em público, a vítima pode começar a se isolar de amigos, familiares e colegas de trabalho.


  • Queda no desempenho profissional: O impacto psicológico e emocional do stalking muitas vezes prejudica a capacidade de concentração e o desempenho no trabalho, podendo resultar em afastamentos e até na perda do emprego.


Estar ciente desses efeitos é importante para buscar ajuda psicológica e jurídica o mais rápido possível. O apoio de um advogado criminalista também é fundamental para orientar a vítima sobre seus direitos e sobre as medidas protetivas disponíveis, ajudando a restabelecer a segurança e o bem-estar emocional.


O que a Lei diz?


No Brasil, a prática de stalking foi oficialmente criminalizada com a aprovação da Lei nº 14.132/2021, que tipifica o crime de perseguição e prevê penas que variam de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa. A lei define stalking como o ato de perseguir alguém de maneira reiterada e ameaçadora, seja por meio de contato físico ou virtual, causando temor ou constrangimento, observe:


Art. 147-A.  Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade.


Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.


§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:


I – contra criança, adolescente ou idoso;

II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código;

III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma.

§ 2º  As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

§ 3º  Somente se procede mediante representação.


Antes dessa lei, o stalking era frequentemente enquadrado como outros crimes, como ameaça ou importunação que era um crime menor dentro da lei de contravenções penais, o que não cobria adequadamente a complexidade da perseguição sistemática. Agora, com a nova legislação, há mais proteção legal para as vítimas.


A legislação também prevê a possibilidade de medidas protetivas de urgência, como o afastamento do agressor e a proibição de contato, similar ao que ocorre em casos de violência doméstica. No entanto, para que essas medidas sejam aplicadas de maneira eficaz, é essencial que a vítima busque a orientação de um advogado criminalista, que será responsável por guiar todo o processo, desde o registro da denúncia até a solicitação das proteções legais.


Além disso, o advogado tem um papel crucial na coleta e apresentação de provas ao longo do processo, garantindo que o comportamento do perseguidor seja devidamente documentado e que todas as ações necessárias sejam tomadas para proteger a vítima.


Entendendo o Stalker


Para compreender o stalking e tomar as medidas adequadas, é fundamental entender quem é o perseguidor e quais são suas motivações. Nem todos os stalkers seguem o mesmo padrão de comportamento, e suas motivações podem variar de acordo com o contexto. No entanto, existem algumas características comuns entre eles.


Perfil psicológico do stalker


Os stalkers geralmente exibem comportamentos obsessivos, sendo muitas vezes incapazes de aceitar rejeição ou frustração. Alguns deles podem acreditar que têm uma relação íntima com a vítima, mesmo que essa relação seja unilateral ou inexistente. Outros são motivados por vingança ou por uma necessidade de exercer controle sobre a vida da pessoa perseguida.


Estudos indicam que muitos stalkers apresentam transtornos de personalidade, como narcisismo ou transtorno de personalidade borderline, que os fazem agir de maneira desproporcional diante de frustrações.


Motivações do stalker


As motivações de um stalker podem variar significativamente. Alguns dos motivos mais comuns incluem:


  1. Rejeição amorosa: Após o fim de um relacionamento, o perseguidor se recusa a aceitar a separação e tenta manter o controle sobre a vida da vítima.


  2. Obsessão romântica: O stalker desenvolve uma obsessão por alguém com quem nunca teve um relacionamento, mas acredita que há uma conexão entre eles.


  3. Vingança: O perseguidor sente que foi injustiçado ou rejeitado pela vítima e busca vingança, tentando causar medo ou sofrimento.


  4. Controle e poder: Em muitos casos, o stalker sente prazer em controlar a vida da vítima, monitorando suas ações e restringindo sua liberdade.


Independentemente da motivação, é essencial reconhecer que o stalking não deve ser ignorado, e buscar ajuda jurídica é uma etapa crucial para garantir que o perseguidor enfrente as consequências legais de suas ações.


A escalada da violência


O stalking raramente começa com violência física imediata, mas pode evoluir para atos mais graves ao longo do tempo. O comportamento do stalker geralmente começa com tentativas de contato constantes e pode se intensificar para ameaças, danos à propriedade e, em casos extremos, agressões físicas. Por isso, é fundamental agir rapidamente ao perceber os primeiros sinais de perseguição, buscando a orientação de um advogado para prevenir uma escalada de violência.


Como identificar se você está sendo perseguido


Um dos primeiros passos para lidar com o stalking é reconhecer os sinais. Muitas vítimas não percebem imediatamente que estão sendo perseguidas ou, quando percebem, hesitam em agir por medo ou insegurança. O reconhecimento do stalking é crucial para tomar as medidas legais e de segurança adequadas.


Sinais de que você pode estar sendo perseguido:


  1. Aparições frequentes: A pessoa aparece repetidamente em locais que você frequenta, como o trabalho, academia ou casa de amigos, sem motivo aparente.

  2. Contatos indesejados: Você recebe mensagens, ligações ou e-mails constantes, mesmo após ter deixado claro que não deseja manter contato.

  3. Presença nas redes sociais: O perseguidor monitora suas postagens, curte ou comenta em todas as suas publicações e, em alguns casos, cria perfis falsos para continuar monitorando sua vida online.

  4. Presentes indesejados: O stalker envia flores, cartas ou presentes sem que você tenha solicitado ou demonstrado interesse.

  5. Sentimento de estar sendo observado: Você tem a sensação de estar constantemente sendo vigiado, seja em casa ou em locais públicos.


Medidas Práticas e Jurídicas


Ao reconhecer que você está sendo vítima de perseguição, é essencial agir de forma rápida e organizada para garantir sua segurança e proteção. Aqui estão algumas das medidas práticas e jurídicas que você pode tomar:


1. Colete provas

Uma das primeiras coisas que você deve fazer é começar a documentar todas as interações indesejadas. Isso inclui mensagens de texto, e-mails, capturas de tela de interações nas redes sociais, fotos de presentes ou cartas, além de qualquer outro tipo de comportamento que possa ser usado como prova. Se o perseguidor aparecer em locais públicos, tente obter imagens de câmeras de segurança ou vídeos de testemunhas.


2. Informe amigos e familiares


Não enfrente o stalker sozinho. Informe amigos, familiares e colegas de trabalho sobre a situação para que eles possam ajudá-lo a monitorar os movimentos do perseguidor e garantir que você não esteja em situações de risco. Eles também podem agir como testemunhas, caso seja necessário apresentar provas de perseguição.


3. Denuncie à polícia


Após reunir provas, o próximo passo é fazer um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. É importante que a polícia esteja ciente da situação para que você possa solicitar medidas protetivas, como o afastamento do agressor. Ao fazer a denúncia, é aconselhável estar acompanhado de um advogado criminalista, que poderá orientá-lo sobre o procedimento e garantir que seus direitos sejam respeitados.


4. Busque uma medida protetiva


Com base na Lei nº 11.340/2006, se você é mulher, você pode solicitar uma medida protetiva de urgência, que impede o perseguidor de se aproximar de você ou de fazer qualquer tipo de contato. Essa medida é semelhante àquelas aplicadas em casos de violência doméstica e pode ser crucial para garantir sua segurança.


5. Monitore sua segurança digital


Em muitos casos, o stalker utiliza a internet e as redes sociais para monitorar a vítima. Certifique-se de proteger suas contas online mudando suas senhas regularmente, ativando a autenticação de dois fatores e configurando suas redes sociais para que apenas pessoas conhecidas possam ver suas postagens. Se necessário, considere bloquear ou denunciar o perfil do perseguidor.


6. Considere apoio psicológico


O stalking pode ter um impacto profundo na sua saúde mental e emocional. Não hesite em buscar apoio psicológico para lidar com os efeitos da perseguição. Um terapeuta pode ajudá-lo a desenvolver estratégias de enfrentamento e a lidar com o estresse causado pela situação.


A Importância do Advogado Criminalista


Contratar um advogado criminalista é uma das etapas mais importantes para lidar com o stalking de maneira eficiente. Além de orientá-lo sobre seus direitos, o advogado será responsável por reunir e apresentar as provas ao sistema de justiça, garantindo que o perseguidor seja responsabilizado por suas ações.


O advogado criminalista também pode solicitar medidas protetivas, acompanhar o processo judicial e representar a vítima em audiências, garantindo que todas as etapas sejam realizadas de acordo com a lei e que seus direitos sejam respeitados.


Como Proteger-se Contra o Stalking


Além das medidas jurídicas, existem algumas estratégias práticas que você pode adotar para proteger sua segurança física e emocional contra o stalking:


  1. Evite lugares previsíveis: Tente variar sua rotina para que o stalker não consiga prever onde você estará em determinados momentos do dia.

  2. Informe seu local de trabalho: Se o stalker aparecer em seu local de trabalho, informe seu supervisor ou equipe de segurança sobre a situação.

  3. Utilize dispositivos de segurança: Instale câmeras de segurança em sua residência e, se possível, utilize aplicativos de monitoramento de segurança no seu celular.

  4. Busque apoio em grupos: Existem diversas redes de apoio para vítimas de stalking. Elas podem oferecer suporte emocional, orientação jurídica e um espaço seguro para compartilhar suas experiências.


Conclusão


Ser vítima de perseguição ou stalking é uma experiência assustadora e desgastante, mas é importante lembrar que você não está sozinho e que há medidas práticas e jurídicas que podem ser tomadas para proteger sua segurança e bem-estar. O reconhecimento precoce dos sinais de stalking, aliado à busca por ajuda legal e psicológica, é crucial para lidar com essa situação de forma eficaz.


A Lei nº 14.132/2021 trouxe importantes avanços na proteção das vítimas de stalking no Brasil, garantindo segurança jurídica as vítimas e aumentando a pena para o perseguidor. No entanto, o papel do advogado criminalista é fundamental para garantir que seus direitos sejam respeitados e que você receba o apoio necessário durante todo o processo.


Se você ou alguém que conhece está sendo vítima de stalking, não hesite em buscar ajuda. Com as orientações corretas, é possível recuperar o controle sobre sua vida e garantir que o perseguidor seja responsabilizado por suas ações.


Além de conhecer profundamente a legislação, o advogado criminalista pode atuar de forma proativa para obter as medidas necessárias e garantir que o stalker seja responsabilizado judicialmente. Não espere que a situação se agrave – busque ajuda especializada o quanto antes e assegure-se de que seus direitos estão sendo protegidos.


***

Se você está sendo vítima de perseguição ou stalking, não espere. Agende uma consulta com um advogado criminalista e proteja seus direitos agora!


Não deixe o stalking comprometer sua segurança – fale com um advogado criminalista!

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